Entrevistas traduzidas: Robert Singer e Samantha Smith falam sobre a 12ª temporada na SDCC 2016.


A nossa amiga e jornalista Claudia Ciuffo esteve na sala de imprensa da Comic Con em San Diego com o elenco de Supernatural, representando o Spn Tentation, e ela nos concedeu com exclusividade os vídeos das entrevistas.

As entrevistas estão bem interessantes. Ambos falam um pouco sobre a Mary na 12ª temporada de Supernatural e mais algumas coisas sobre o que está por vir no novo ano da série.

Os vídeos não estão legendados mas a tradução está logo abaixo de cada vídeo (obrigado à Isa que nos ajudou ♥):


Entrevista com Robert Singer (produtor executivo/showrunner na 12ª temporada):
R - Mandem ver!
- Ok, então, eu ia perguntar isso pro Jensen mas eu não acho que ele iria responder. A Mary vai dirigir o Impala?
R - Eu não excluiria isso! Ela conhece esse carro muito bem e ela está surpresa de ver que ele ainda está lá funcionando e com uma boa aparência! Então, é, eu acho que ela provavelmente irá pra trás do volante.

- E como esse relacionamento vai parecer?
R – É uma relação muito estranha no começo mas... Eu não acho que ela conhece muito seus filhos, um era um bebê e outro uma criança e agora eles são homens grandes que estão numa situação que ela provavelmente não teria escolhido pra eles. Eu acho que ela está um pouco desapontada com isso e como as coisas aconteceram e se ela conseguisse de algum jeito falar com o John ela diria “Por que você fez isso?” Por outro lado, sabe, ela entende o porquê de eles terem se tornado assim. Ela também é uma pessoa fora do seu tempo, ela faleceu e não conhece a internet e nem mesmo celular. Uma coisa na qual nós trabalhamos é que eles estão trabalhando numa caçada e ela quer ir bater em portas e procurar por gravações e eles estão tipo “Bem, nós podemos fazer isso bem aqui”. Então, sabe, é um grande ajustamento pra ela e desconfortável, sabe? Ela não sabe qual é o seu lugar no mundo. Ela foi tirada dele. É uma transição difícil pra ela.

- Um dos episódios que os fãs mais gostaram da última temporada foi o “Baby” e isso foi por como ele foi produzido e as escalas... Agora que terminou e nós terminamos com Deus e Amara você acha que essa temporada será mais familiar? Nós podemos esperar mais momentos como esses?
R – É, Baby foi realmente um episódio muito especial e eu não acho que ninguém a não ser Rob teria escrito aquilo, um trabalho espetacular de escrita. Sabe, tecnicamente foi uma coisa muito difícil de se fazer. Eu acho que essa temporada, bem do jeito que a gente planejou, vai ser mais íntima de alguma forma do que a história que nós contamos ano passado. Você sabe, o fato de termos a mãe e tudo isso, vamos por algum esforço nisso. Sabe, no primeira parte nós contamos uma história pequena que tem o estilo dos episódios antigos que nós fizemos, sabe, antes da queda, dos anjos e etc... Antes a gente tinha uma coisa bem específica e agora nós fomos o mais longe que podíamos com Deus e Amara. Então essa é uma temporada mais íntima, com certeza.

- A morte da mãe deles foi a coisa que mais impulsionou eles na história, você acha que esse sentimento vai continuar o mesmo, agora?
R – Ah, sim, sabe, é o retorno de um personagem icônico na série mesmo ela tendo tido uma parte muito breve no pilot. Sabe, é o “gatilho” para a série, então ter esse personagem de volta... isso trás o fechamento de um ciclo. E de novo, como eu disse, sabe, esse tipo de coisa... lidando com a estranheza da situação, sabe, o Dean ama isso de ter a mãe dele de volta e o Sam não a conhecia realmente, ele era um bebê. É apenas estranho, sabe? Vão ter algumas perguntas sobre isso. Sabe, foi o presente da Amara. Eu quero dizer, seria isso que você desejaria? Então eu acho que tem muita coisa interessante para trabalhar aí.

- Já que vocês vão focar mais na dinâmica da família nessa temporada, nós vamos ter mais flash-backs?
R – Ah, eu não sei! Nós não planejamos nenhum flash-back em específico. Conseguir o Jeffrey Dean Morgan provavelmente não vai dar... ele está ocupado. E sabe, tem tempos em que estamos escrevendo a história e pensamos “bem, um flash-back pode ser bom aqui, sabe? Nós podemos melhorar”. Nós já fizemos muito flash-backs, isso não é coisa nova pra gente. Então é, pode acontecer. Apesar disso, Eric costumava dizer no começo “Eu não quero fazer nenhum flash-back”. Eric tinha todas essas regras e sabe, ele eu éramos maravilhosos trabalhando juntos, eu realmente amo ele e ele tinha essas coisas, regras. Hahahaha. Teve um episódio em que eu estava “Deus, nós realmente precisamos de um flash-back com o que aconteceu aqui”, certo? E ele disse “Não não não” e então a gente gravava o episódio e cortava o episódio e ele e eu ficamos em uma sala juntos e ele olhou pra mim e “você realmente viu o que aconteceu aqui” e daí eu voltava e filmava um flash-back e então essa coisa toda de “sem flash-back” não funcionava muito. Hahahaha. Então, é, nós trabalhamos com flash-backs.

- Teve alguma ideia no começo de algum personagem que vocês tiveram que largar mão? Desistir? Essa série tem estado no ar a muito tempo.
R – Bem, originalmente o Eric queria fazer a série com lendas e coisas assim, sabe? O que nós descobrimos lá pelo episódio 7 ou 8 é que nós estávamos ficando sem lendas e então a série começou a realmente envolver a história com o pai deles e foi no que deu. Sabe, o que a gente realmente descobriu foi bons monstros/vilões com personalidade e ter um personagem próprio e o Eric costumava dizer que um bom vilão é o herói da sua própria história e nós começamos a fazer isso para tornarmos os monstros interessantes. E isso foi provavelmente a coisa mais inteligente que fizemos, sabe? Não apenas caçar vampiros e caçar lobisomens, cada um tem a sua própria história.

R – Isso é tudo?
- Isso! Obrigada!

Entrevista com Samantha Smith (Mary Winchester em Supernatural).
- Em que estado a Mary volta e onde ela está nessa temporada?
S - Eu posso falar isso? Hahaha

- Você pode falar pra gente!
S - Ah, certo! Fora da gravação né? Hahaha
S - Eu estou viva e nós estamos caçando. Trabalhando com os meninos e tentando digerir a nova realidade de ainda ter 28 anos e meus meninos são homens crescidos e gigantes! E vivendo uma vida que eu não queria pra eles.

- Como você acha que a sua presença vai mudar a dinâmica dos Winchester?
S - Eu acho que... Jensen até disse no painel. Ah, vocês não estavam no painel? Okay. Então, de alguma forma isso é uma suscetibilidade. Porque agora tem uma nova “moeda de barganha” na mesa, sabe? Eles estão constantemente... os garotos estão sendo presos... A segurança de um é a prioridade do outro e agora também tem a mãe. Ela é completamente um novo nível. Também, eu falo por mim mesma, mas, caramba, isso é alguma coisa a ser aprofundada porque têm muito conteúdo aí. Eles eram dois bebês quando ela se foi e têm toda essa vida mas eu ainda sou a mãe deles! E pra eles eu ainda sou sua mãe. Mas agora eles estão tendo que lidar com... Você sabe, eles não têm o pai e o que aconteceu e tem muita coisa “embaixo da superfície” que precisa ser trabalhada, todas as cenas, até mesmo nas que eles estão tomando café da manhã. Sabe?

- O que acontece no café da manhã?
S - Bom, tem o Dean... Então é sempre sobre comida, né? Hahaha. Constantemente.

- Então, você espera que você se jogue de volta e sabe, tenha seu lugar guardado?
S - É isso mesmo. Bem, é mais sobre o nosso amor mútuo. Ahm, e sabe, tem essa oportunidade também, ele é genética. Então, o que ele pegou de mim? Quais pedaços da personalidade dele e sabe... Eu vejo isso no meu filho. Tem coisa que ele faz que eu fico tipo “ah, é... é, eu faço isso, talvez eu não deveria”. E é verdade mesmo! Eu vejo coisas que o meu pai faz e penso, “Oh, eu faço isso!” Quando ele empilha a louça na tábua de passar roupa. É o jeito que o seu cérebro está ligado. Eu nunca reciclava quando era criança e agora ele recicla do mesmo jeito que eu! É assustador! E eu acho que definitivamente vai ter algumas dúvidas vindas dos dois. Eu estive ausente por trinta e três anos e agora eles fazem coisas do jeito que eu fazia.

- Então, tem algum estranho maneirismo que Dean e Sam têm para que você tenha que voltar no tempo para agradecer a Mary?
S - É um processo. Eu disse para o Jensen inverter os cenários, haha.

- Você está assistindo algum episódio específico ou...?
S - Não, é coisa do set! Tipo, eu digo: o que você estão fazendo? Ah, quero fazer isso também! E eu acho que é uma coisa que vai passar, mas tem partes que eu fico “nossa o que é aquilo?”. Entende?

- Obrigada pelo seu tempo!
S - Obrigada!
Tradução por Isabel Ortiz (Twitter @sherlokistrange)

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