Review – 8×20: Pac-Man Fever


“Numa toca no chão, vivia um Hobbit. Não uma toca desagradável, suja e úmida, cheia de restos de minhoca e com cheiro de lodo. Tampouco uma toca seca, vazia e arenosa, sem nada em que sentar ou o que comer. Era a toca de um Hobbit, e isso quer dizer conforto.”
Spoilers abaixo:

Elogios estão sendo repetitivos para Supernatural nesse oitavo ano. Fizeram outro ótimo episódio e só faltam mais 3 para podermos dizer que essa foi uma das melhores temporadas da série. Pac-Man Fever foi interessante, divertido, ágil, e além de tudo isso, emocionante.

Não tivemos nenhum dos arcos da temporada sendo trabalhados, a não ser talvez o enfraquecimento de Sam. Isso está sendo desenvolvido muito bem e sem exageros, com o drama na medida certa, para não virar um plot chato e repetitivo como já aconteceu algumas vezes na série. E com esse arco em andamento e o fato de saber que o último episódio da temporada se chama Sacrifice (Sacrifício), é só somar 2+2 pra ter certeza de que o Sam morrerá na Finale. Ficarei muitíssimo surpreso se estiver enganado.

A parte mais fraca de Pac-Man Fever foi a mitologia. Não que tenha sido ruim, mas poderiam ter tido ideias melhores. Achei muito calhorda essa ideia de um tipo de Djinn diferente do que os  que já estamos acostumados, principalmente quando o diferencial se baseia em “deixar tudo mole por dentro”. A cena dos dois adolescentes com o corpo do gordinho foi bem trash, e não exatamente um bom trash. O que foi legal nisso tudo foi colocarem a tal legista como Djinn, eu realmente não tinha descofiado disso. Já o tal “filho” dela foi absolutamente avulso, estando ali apenas para atacar o Sam, deixando o Dean preocupado.

Vale citar também o nível de cretinice de Supernatural com o público. Fizeram aquela cena inicial com o Dean em 1951 para que todos pensássemos que teríamos mais uma viagem no tempo, quando na verdade era um sonho sobre um game, em que Dean entrou graças a raiz dos sonhos. Acredito que poucas pessoas se lembrem dessa raiz que havia surgido lá pela 3ª temporada e ficado por lá mesmo. E se isso não bastasse da lista de “elementos antigos da série”, também tivemos Charlie trazendo à tona o assunto da série de livros Supernatural, escrita por Chuck.

Charlie está entre os melhores personagens recorrentes que Supernatural já teve nesses oito anos, e se tinha alguém que ainda não a amasse, tenho certeza que passou a amar depois desse episódio, em que Felicia Day mostrou que não é só comediante, mas que também sabe ser ótima em drama. E melhor do que as coisas que a Charlie por si só rendeu para esse episódio, só mesmo a interação entra ela e Dean.

Mesmo que alguém (por algum motivo misterioso) não tenha gostado desse episódio, é inegável que Jensen Ackles e Felicia Day esbajaram uma química incrível juntos, tanto na comédia quanto no drama. Merecem destaque a cena de Charlie na loja provando roupas, os dois juntos como detetives, e claro, os dois lindos abraços entre eles. O primeiro após Charlie acordar do pesadelo e o outro quando ela estava indo embora. Aliás, é muito raro vermos um Dean tão meigo e “abraçador” como o desse episódio.

O plot com a mãe de Charlie foi lindo e agora ela tem até a sua própria história pessoal na série. Na vida real aquilo não existe, porque em 16 anos, alguém já teria desligado aqueles aparelhos, mas isso é algo facilmente ignorável, porque o que importa de verdade é o drama causado por isso, e nesse aspecto emocional, o roteiro acertou em cheio. A cena final, tão simples, de Charlie lendo “O Hobbit” para sua mãe, foi sem dúvidas a mais linda da temporada toda.

Mesmo aos poucos e sem ser o principal foco, vamos conhecendo melhor a mansão dos Homens das Letras. Nesse episódio nos mostraram alguns cômodos que não conhecíamos antes e também descobriram que podem usar o telefone lá à vontade sem serem rastreados. Supernatural, quem diria, finalmente tem um novo cenário fixo depois da casa do Bobby.

PS: Charlie refazendo cenas de Castiel, não tem preço:


Review por Série Maníacos.

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